A falta de planejamento e a não implantação de protocolos básicos do Ministério da Saúde para lidar com as pessoas com sintomas e/ou infectadas pelo novo coronavírus, mostra claramente que Pontes e Lacerda não tem gestão para administrar essa crise. É só lembrar que o Poder Público pagou um quarto de hotel – na principal avenida da cidade – para hospedar por oito dias um cidadão infectado com o COVID-19 e com tuberculose.
Atitude temerária contra a saúde da população, ao arrepio de tudo quanto se propaga e se exige da população, que é o distanciamento ou isolamento social.
Quanto ao primeiro caso de coronavírus no Município, o paciente possui 57 anos, com tuberculose mal tratada, diabetes, pressão alta e problemas cardíacos. E foi ficar “isolado” no quarto 18 do hotel por oito dias, circulando diariamente entre os hóspedes para tomar café – servido em xícara pela funcionária – e tendo as roupas de cama trocadas diariamente.
Tirem suas próprias conclusões. Façam o diagnóstico e analisem os riscos que toda a população está exposta.
A prudência manda que todos os que mantiveram contato com o cidadão infectado, permaneçam em isolamento social por quatorze dias, para verificar se vão aparecer os sintomas e também evitar a transmissão do vírus.
No caso do dono do hotel e a funcionária do cafézinho, ambos já realizaram exames laboratoriais para verificar se estão contaminados. Pagaram mais de R$ 700,00. Nem isso a Secretaria de Saúde disponibilizou às vítimas desse verdadeiro “crime” contra aquele estabelecimento e contra à população em geral.
A população merece saber o que está acontecendo
A sociedade tem o direito de saber as razões que levaram a administração pública municipal a tomar a decisão de levar uma pessoa potencialmente capaz de disseminar o COVID-19 para ser hospedada em um hotel, sob sigilo
Com a palavra os senhores vereadores. Basta convocar a Secretária de Saúde para esclarecer os fatos. E convidar o Prefeito, se preferirem.
O Ministério Público, como sempre, deve estar agindo para dar uma resposta à sociedade. Na verdade, é quem está administrando – na prática – a prevenção do Covid-19 em Pontes e Lacerda.
A principal pergunta
O que a população quer saber, acima de tudo, o que pode acontecer após o episódio do “quarto 18” e que ações preventivas adicionais foram tomadas pelos agentes de saúde diante da atual situação.
